Terra de gigantes
02/12/2016 20:02

Talvez a região Oeste não seja o retrato mais notório da Santa Catarina que habita os altos pódios em indicadores sociais e econômicos. Pode ser que ainda não seja a imagem cobiçada por aqueles que sonham em conhecer o nosso Estado _ o Brasil que dá certo. Mas é cada vez mais clara a força dessa região e sua influência no bom desempenho da economia catarinense.
Vejamos a questão do emprego. Enquanto Santa Catarina _ Estado que há mais de um ano mantém a menor taxa de desemprego do país, registrou uma perda de 6.931 vagas em 2016, a mesorregião Oeste criou 1.798 empregos. Algumas agroindústrias chegam a disponibilizar ônibus para buscar trabalhadores em outros estados e municípios. É um feito respeitável.
Nos últimos cinco anos a Região respondeu por em média 18% do PIB do Estado. E é em grande parte por conta da grandeza do Oeste que Santa Catarina desponta como oásis no deserto de recessão que toma conta do país.
No ano passado, o Oeste foi responsável por quase 5% da arrecadação total do Estado. Com cinco microrregiões - Chapecó, Concórdia, Joaçaba, São Miguel do Oeste e Xanxerê -, o Oeste ainda tem na agroindústria seu principal lastro _ vide resultado de outubro do Caged: das 1.267 vagas criadas em Santa Catarina, 1.561 foram no agronegócio. Mesmo que não esteja imune à crise financeira que afeta o País, a queda na produção do agronegócio em Santa Catarina foi menor do que a média nacional. Não restam dúvidas que a resistência catarinense no enfrentamento da crise tem relação com a grande diversidade de atividades agrícolas e agregação de valor pelas agroindústrias. E como reflexo direto, se desenvolve o cooperativismo, setor que cresceu 11% em faturamento bruto no último ano.
O Oeste é o maior produtor de suínos do Brasil e responde por mais de 70% da produção de todo o leite nacional. Mas não é só do agronegócio que vive a região. Setores como os de móveis, madeira e metalmecânica também despontam como importantes geradores de riquezas. A construção civil se desenvolve no ritmo do crescimento da população da região, que aumentou 11,85% de 2002 a 2015. A inovação e a tecnologia também vêm ganhando espaço, assim como o lazer _ não é raro ver lanchas de grande porte navegando nas águas calmas do Rio Uruguai. Até no futebol o meu Oeste tem motivo especial para se orgulhar _ mas neste quesito sou suspeito.
Em diversos setores os números refletem a pujança de uma Região que não para de crescer e cada vez mais se abre para "forasteiros" que nela já encontram as melhores oportunidades de suas vidas.
O Governo do Estado _ não obstante venha aumentando os investimentos nos 118 municípios - acompanha o movimento deste círculo virtuoso e sabe que a infraestrutura ainda precisa de muito incremento. Haveria mais produção se houvesse maior capacidade para seu transporte. Além da busca por recursos, é preciso também influência política para trazer mais investimentos federais. E neste quesito o Oeste também desponta. No Executivo e no Legislativo, temos grandes oestinos que, com seu jeito peculiar de trabalhar, abrem novas divisas para a Região. Por tudo isso, preste atenção no Oeste. Dessa Região ainda virão muitos orgulhos para nós, catarinenses.