Após dois anos de pandemia, as maiores preocupações dos brasileiros passaram a ser desemprego e inflação, desbancando a saúde, a segurança e a educação. Essa é uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada recentemente e que revela o temor que se tinha no começo da pandemia com a crise econômica. Evidente que a saúde deveria estar em primeiro lugar naquele momento, pois sem saúde não se trabalha e não se produz. Mas, ninguém imaginava que tão logo os números da pandemia entrassem em queda, a Rússia iria invadir a Ucrânia, bagunçando de vez a economia mundial e afetando diretamente os países mais dependentes das chamadas super potências.
A situação se agravou de uma forma que o desemprego e a inflação ganharam a companhia do aumento assustador do número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. De acordo com o CadÚnico, do Ministério do Trabalho, o número de famílias em situação de extrema pobreza saltou 11,8% em 2022. Em fevereiro deste ano (última atualização dos dados no site do ministério), 17,5 milhões de famílias brasileiras viviam com renda per capita mensal de até R$ 105,00. Isto mostra que a economia brasileira está andando de lado ou mesmo para trás. A inflação é visível no supermercado e nas contas de energia, água e transporte. O número de pessoas trabalhando está aumentando, mas em ritmo insuficiente para atender a quantidade de pessoas procurando trabalho, além do fato que os salários estão cada vez mais perdendo poder compra diante da escalada dos preços dos itens da cesta básica. Um verdadeiro nó, difícil de desatar.
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