Com o movimento das peças do xadrez da política, fica mais evidente que o País caminha para um embate eleitoral entre as duas forças antagônicas e extremistas na eleição à presidência. É como o anúncio do promotor da luta antes do embate em que restará apenas um de pé no ringue: à nossa extrema esquerda o candidato Luis Inácio Lula da Silva, do PT, que não parece convencer nos discursos e vem tropeçando em alguns temas prioritários para o País. À nossa direita, o extremismo representado pelo ex-capitão e comandante maior da nação, Jair Bolsonaro, agora no PL, mas que não abandonou o discurso que agrada às elites e um grupo de fiéis seguidores capazes de tudo para mantê-lo no poder. Deste mato poderia sair um coelho, a chamada terceira via, oferecendo ao eleitor a possibilidade de apostar num candidato com algo de novo. Mas, a terceira via parece que, aos poucos, perde força. Ao trocar o Podemos pelo União Brasil, o ex-ministro, ex-juiz e paladino da Lava-Jato, Sérgio Moro, abandonou de vez a ideia de concorrer ao Palácio do Planalto. O MDB, maior partido político do país, apresenta-se com uma candidata desconhecida para a maioria dos brasileiros, a senadora Simone Tebet, que tem tudo para não chegar pré-candidata na convenção. Restaria então o velho e aguerrido PSDB, que hora pende para um lado, hora pende para o outro. Os tucanos deveriam fechar com João Dória, mas não é isso que está acontecendo. O chamado "pai da vacina", ao que tudo indica, vai enfrentar resistência dentro do partido, como no Rio Grande do Sul, onde os tucanos estão fechados com Eduardo Leite. De terceira via, Dória pode se transformar no maior fiasco das eleições de 2022.