Demétrius foi preso na manhã desta quinta-feira (23)
O procurador Demétrius Oliveira de Macedo foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (23). A informação foi dada pelo próprio governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, em sua rede social. Um vídeo já circula mostrando o momento em que o procurador é preso por policiais civis em uma clínica em Itapecerica da Serra.
O pedido de prisão foi feito pela Polícia Civil de São Paulo à Justiça nesta quarta-feira (22). Demétrius é o homem que, na segunda-feira (20), agrediu a sua colega de trabalho, a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. O vídeo do momento da agressão, que circula nas redes sociais, foi gravado por outra colega de trabalho. O delegado Daniel Vaz Rocha, do 1º Distrito Policial de Registro, representou pela prisão do acusado junto à 1ª Vara Criminal da cidade.
"A agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune. A Polícia Civil acaba de pedir a prisão do agressor Demétrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher", disse o governador Rodrigo Garcia.
De acordo com o despacho do delegado, o acusado "vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública." O inquérito policial instaurado para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora-geral, para fundamentar o pedido de prisão preventiva.
Os promotores de Justiça Daniel Godinho e Ronaldo Pereira Muniz, ambos com atuação na comarca de Registro, foram designados para responder pela Notícia de Fato Criminal número 29.0001.0130789.2022-75, procedimento do MPSP no qual se investiga a agressão praticada por um procurador do município contra uma colega de trabalho, chefe do agressor.
O caso teve grave repercussão na cidade. Os promotores contataram a vítima para orientá-la e colher os primeiros subsídios para a apuração dos fatos logo depois do episódio, que também é acompanhado pelo Núcleo de Gênero do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim). O Judiciário acolheu pedido do MPSP e decretou a prisão preventiva do agressor.
Em entrevista, a procuradora disse que tinha medo de Demétrius, pois ele tinha um comportamento antissocial.
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