O crime aconteceu em 6 de março de 2021. A moto e o condutor foram arrastados entre Penha e Itajaí e a carona da moto morreu no local do acidente.

O motorista de caminhão que bateu na traseira de uma moto na BR-101, arremessou a carona no asfalto e arrastou a motocicleta e o condutor pela rodovia por mais de 32 quilômetros, entre Penha e Itajaí, vai enfrentar o Júri Popular. A decisão é do juiz Juliano Rafael Bogo, titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Itajaí.

O crime ocorreu do dia 6 de março de 2021. A carona da moto, Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, morreu e o piloto, Anderson Antônio Pereira, de 49 anos, marido de Sandra, ficou ferido.

O réu responderá por homicídio com dolo eventual (quando não há intenção de matar, mas assume-se o risco) de Sandra, tentativa de homicídio qualificado de Anderson, além de não prestar imediato socorro à vítima e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada.

A decisão de primeiro grau foi proferida no dia 4 de fevereiro e é passível de recurso.

O caso

Segundo o Ministério Público, o caminhoneiro conduzia o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão de ter passado aquele dia e a noite anterior consumindo cocaína e rebite (derivado de anfetamina).

Após provocar a colisão e de ver a mulher voar sobre seu caminhão sendo jogada no asfalto, ele simplesmente teria continuado o trajeto, arrastando a moto, que ficou presa na carroceria frontal do caminhão, por mais de 32 quilômetros.

Consta na denúncia que, ao verem a cena, inúmeros motoristas buzinaram e gritaram pedindo que o caminhoneiro parasse, porém, ele continuou arrastando a moto e a vítima pela BR, obrigando o motociclista a escalar o capô do veículo e a se pendurar no retrovisor da porta do caminhão. A denúncia ainda afirma que Anderson passou a implorar por sua vida.

Sandra chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O motociclista que pulou do caminhão em movimento se recuperou dos ferimentos.


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Divulgação / Polícia Rodoviária Federal /