Porém, a data para o início da obra não foi anunciada. Empresário critica decisão, pois quer ponte de concreto

A Prefeitura decidiu reformar o pontilhão de madeira que dá acesso ao Vale da Fumaça, na Rua José Schmitt Sobrinho, no bairro Belchior Alto. A passagem está desde quarta-feira (25) limitada a veículos de até 4 toneladas; isto é, apenas carros de passeio e utilitários podem acessá-la. Caminhões, ônibus e outros veículos pesados vão ter que utilizar o caminho pela Rua José Patrocínio dos Santos, no Belchior Central, para chegar até o Belchior Alto. O trajeto aumenta a distância em 5km.Durante o trabalho de restauração, que deve ser feito em um ou dois dias, a ponte será totalmente interditada. A data, porém, ainda não foi divulgada pela Prefeitura.

O problema no local é antigo, vem desde 2008 quando o desastre climático destruiu o pontilhão e outros na região. Na época, todas as demais travessias foram refeitas em concreto, apenas essa foi mantida em situação provisória. Em 2015, o pontilhão de madeira cedeu durante a passagem de um caminhão-caçamba carregado de macadame. Novamente, a superintendência do Belchior decidiu manter o pontilhão de madeira, embora os moradores tivessem insistido por uma ponte de concreto. De acordo com a Defesa Civil do município, o pedido junto ao Governo do Estado para que seja feita uma ponte de concreto será retomado. A estrutura, segundo informações da Defesa Civil, era para ter vindo em 2014, porém, o processo parou.

Aviso

Proprietário do Parque Aquático Recanto Verde, Nelson Theiss, 71 anos, novamente não gostou da decisão da Prefeitura. Ele disse que desistiu de tanto pedir por uma ponte de concreto. "Antes da ponte ceder com o caminhão, em 2015, eu havia avisado a superintendência, diversas vezes, que isso poderia acontecer. Depois, eles ainda tiveram a coragem de refazer novamente de madeira. Sou gasparense, mas só para pagar impostos", desabafa. Segundo o empresário, a ponte frágil é o motivo pelo qual ele não aceita ônibus de excursão em seu parque aquático. "Se fecharem novamente a ponte pra reforma, aí vai quebrar de vez o meu negócio que já teve queda de mais de 50% este ano em função da dificuldade financeira do país". Ele lembra que outras cinco empresas, do setor de carvoaria, também dependem da estrada para transportar seus produtos e estão sendo prejudicadas com uma ponte provisória há quase dez anos.